
Viajar de avião para fora do país com filhos pode parecer ser uma experiência complicada, mas não verdade não é! Há várias coisas que podem ser feitas de modo a facilitar a experiência, e, inclusive, torná-la divertida para as crianças. Ficam aqui algumas dicas daquilo que se pode fazer para que a viagem corra de uma forma mais agradável.
1. Pesquisar sobre o destino e planear a viagem
Ao decidir o destino é importante averiguar os diferentes aspetos deste. Por exemplo, se os locais a visitar são adequados para bebés e/ou crianças, ou se a amamentação em público é permitida. Além disso, pode ser feito um guia de viagem com os diferentes sítios a visitar, tal como as atividades que poderão ser feitas no local.
Antes de ir, fazer uma lista de tudo aquilo que pode correr mal, como por exemplo perder o voo, perder a mala, entre outras coisas, pode ser benéfico. À frente de cada hipótese, deve-se escrever a melhor forma para lidar com a situação. Dessa forma, caso aconteça mesmo alguma coisa, já se está mentalmente preparado!
Se a viagem for pela Europa, o Cartão Europeu de Saúde é uma forma de assegurar o tratamento nos hospitais públicos pelo mesmo preço cobrado aos locais. Se for fora da Europa, fazer um seguro de saúde será uma boa aposta, apenas por precaução. Ter sempre à mão o número do pediatra, ou de um médico que possa orientar os primeiros cuidados de saúde, é indicado, caso seja necessário dar algum tipo de medicação às crianças.
2. Planear o voo
Aconselha-se fazer uma pesquisa sobre a companhia aérea a utilizar: se oferecem algum serviço de assistência e acompanhamento (porque nem todas têm), ou se têm brinquedos disponíveis para a criança se distrair.
Uma boa dica é também marcar o voo para à noite ou hora da sesta. Isto porque, ajuda a manter o padrão de sono habitual da criança, ajudando assim a que ela adormeça durante o voo. Se a criança tiver algum brinquedo com que costume dormir, é aconselhado que o leve para auxiliar. Quando a reserva for feita, a companhia aérea pode ser informada do facto de irem crianças. Nem todas o fazem, mas algumas dão sugestões, como, por exemplo reservar lugares localizados junto à janela.
3. Fazer a mala
Há várias decisões a tomar em relação à mala: quantas mudas de roupa levar, quantas fraldas, que brinquedos são os melhores, levar carrinho ou não. É preciso lembrarmo-nos que a maior parte das coisas podem ser compradas no destino.
Em relação às fraldas, para onde quer que se vá viajar, nesse local vai haver outras crianças, e é perfeitamente possível comprar fraldas lá. Para evitar algumas confusões, pode-se experimentar trocar a marca de fraldas que a criança usa uns tempos antes da viagem, para ver se ela ganha algum tipo de reação alérgica.
Carrinho, alcofa ou pano para carrega-bebé? Esta costuma ser um dos maiores dilemas quando se vai de férias com o bebé, e a resposta não é propriamente fácil. A escolha depende do local a visitar, se as ruas são pavimentadas ou se mais degradadas e com buracos, se vai estar frio, calor, húmido, seco, e a que é que a criança está habituada. Há quem diga que um bom compromisso são carrinhos leves, pois são fáceis de transportar e permitidos no aeroporto até à porta de embarque (a companhia aérea fará check-gate do mesmo, e no destino é devolvido). Além disso, podem ser utilizados para pequenas sestas, e, se necessário, isolados com cobertores, adaptando-se a vários terrenos.
Outra coisa a considerar quando estiver a fazer a mala é a bagagem de mão, porque o saco de fraldas vai contar como tal. Daí que estejam lá todos os essenciais (e colocando sempre a hipótese de que possa haver atrasos nos voos): toalhitas, fraldas, lanches (porque as crianças podem não gostar da comida do avião), mudas de roupa, sacos de plástico (para fraldas e roupas sujas), um ou dois brinquedos preferidos, tablet (para distrair a criança durante o voo), chupetas suplentes.
4. Antes do voo
Em primeiro lugar, se a companhia aérea o permitir, o melhor é fazer check-in online, para minimizar o tempo que se passa em filas de espera. No entanto, convém chegar sempre cedo ao aeroporto. Esse tempo pode ser aproveitado para explicar à criança o que vai acontecer a partir dali, aquilo se irá fazer (passar na segurança, por exemplo) até chegar ao avião, para que a criança esteja preparada. É também importante transmitir a informação de que deve estar sempre junto a um dos adultos, mas de forma positiva, para que a criança não sinta medo ou desconforto. Este tempo extra também pode ser aproveitado para ir à casa de banho, comer ou beber alguma coisa, e, se necessário, tomar algum comprimido para o enjoo.
É importante relembrar que todos os passageiros e bagagem de mão devem passar pelo controlo de segurança, inclusive as crianças. No raio-X crianças de colo podem passar com os pais. Se a criança estiver no carrinho, deve ser passada para o colo de um dos pais, e antes de o carrinho passar pelo controlo, todos os artigos e equipamentos devem ser retirados de todas as bolsas e colocados nos tabuleiros adequados. Se levar comida, há aeroportos onde os frascos são abertos só para confirmar o seu conteúdo.
Para distrair a criança até ao momento do voo ela pode ser levada para perto das janelas para que possa ver os aviões a levantar voo e a aterrar, algo a que, geralmente, elas gostam bastante de assistir. Deixar a criança brincar e correr na zona de espera será também uma boa forma de ela se distrair (e também de a cansar para que esteja mais calma durante a viagem).
5. Durante o voo
Os momentos em que o avião levanta voo e aterra costumam ser os mais críticos, porque a pressão que se exerce sobre os ouvidos pode ser dolorosa e desconfortável, especialmente para os mais novos. Para isso, durante estes momentos é bom ter à mão algo que a criança possa mastigar ou beber, tal como aquilo que a costuma aliviar em momentos mais stressantes, como uma chupeta, brinquedo ou manta. Para um maior bem-estar da criança, pode-se descalçá-la, porque os pés podem inchar devido à altitude elevada. Também graças ao ar que circula no avião, é importante manter a criança hidratada.
Para que tenham que fazer durante o voo, pode-se, como já foi referido acima, levar dois dos seus brinquedos preferidos (caso a companhia aérea não disponibilize), ou um tablet e livros. O melhor é não mostrar à criança tudo o que se trouxe de uma vez, e, assim, ela vai sendo distraída aos poucos, de diferentes formas. Devem ser evitados brinquedos com muitas peças ou que precisem de muito espaço. Para atenuar os momentos de “bichos-carpinteiros”, uma vez por hora pode levar-se a criança a dar uma volta pelo avião.
Chegados ao destino, o melhor é deixar que os outros passageiros saiam do avião para estarem mais à vontade para recolher a sua bagagem e para que possa ser feito com mais calma, sem tanta confusão.
6. Desfrutar da viagem
Porque a viagem foi marcada também para isso, é importante que todos desfrutem e se divirtam o máximo possível. Aproveite tudo o que o destino tenha para lhe oferecer da melhor forma, para que mais tarde, essas férias sejam recordadas com carinho.