Sei que muitas vão ficar chateadas com esta situação e peço desde já desculpa. Mas preciso mesmo de desabafar e de alguma luz.
Vou tentar resumir.
Estamos em processo para OD, eu quero ter filhos, apesar de ter os meus medos e receios, medo da mudança, etc (penso que como muitas mulheres) no entanto o marido está muito mais indeciso e sem vontade para tal.
Foi algo falado mas sempre deixamos “andar” porque sabíamos que tínhamos tempo para amadurecer a situação, até ao momento que fomos chamados (pelo público) temos tratamento agendado para meados deste mês e a situação complicou-se cá em casa.
O que era para ser uma boa notícia, está longe disso. E não sei o que fazer… sei que ele está indeciso, mas não se sente nada preparado para a mudança de vida.
E eu acho que ninguém deve ter um filho para satisfazer o outro, só será problemas a longo prazo.
Tentei entrar em contacto com a doutora sem especificar a razão, para perguntar se podíamos adiar, no entanto a mesma disse que não era possível.
A única solução que vejo neste momento é cancelar tudo e não sei que consequências trará para nós caso queiramos um dia voltar a tentar no público (se podemos voltar sequer a tentar?)
Sei que estou a abdicar de algo que quero, mas isto não é algo que se faça a sós. Não estou a procura de conselhos matrimoniais (nem julgamentos), mas se alguém passou por algo parecido, de ter de cancelar a última hora no público, como devo prosseguir a seguir?
A quem puder ajudar, agradeço do fundo do coração (que está bem apertadinho neste momento 😔)
Olá! ^^
Pelo que entendi vocês iriam tentar o primeiro filho certo? Ele concordou a primeira vez que se propuseram a ficar em lista de espera para o procedimento certo? Este é o chamamento, a oportunidade para ter esse bebê! Eu também tinha muito medo, raiva e frustração por não ter tentado engravidar mas depois que engravidei foi a melhor coisa, trouxe uma paz! O meu marido nunca queria falar sobre nada de nada e devido a isso eu também tinha bloqueado na minha mente a vontade de querer e substituído por um sentimento ruim, foi o medico que lhe chamou a atenção pois tenho endometriose e sop. Após a conversa com o médico (pois comigo nunca queria falar de nada) ele mudou de opinião. Outra coisa importante é saber o porquê da hesitação dele e desmistificar isso para o ajudar. Mas acho que deviam pensar seriamente em aceitar essa oportunidade, é tão difícil conseguir!
Olá
Essa é uma questão muito difícil.
Há várias questões que pesam para avaliar a situação. Quantos anos têm? Se ainda forem novos, há aquela ideia que ainda há muito tempo para tentarem e que ainda querem viver primeiro. Se já tiverem perto dos 40 anos, é realmente urgente pois pelo publico pode ser a ultima tentativa que têm.
Porque razão o seu marido não quer? Ele nunca quis ter filhos ou não quer ter para já? Outra vez, a questão da idade é importante.
Há pessoas que nunca pensaram nem nunca tiveram grande vontade de ter filhos mas quando têm, já não se conseguem imaginar sem eles. Mas há pessoas que realmente não querem ter filhos e não vale a pena insistir.
Sem saber mais detalhes sobre a vossa situação, eu diria que depende da vossa idade. Se ainda tiverem 20/30 anos, então ainda podem esperar um pouquinho. Mas se a sua idade já tiver perto dos 40 anos e/ou tiver outros problemas de fertilidade, então convém pensar bem se esta não será a vossa/sua derradeira hipótese.
Para começar, penso que precisa de ter uma conversa muito aberta com o marido e tentar perceber o que o está a retrair. Será apenas a mudança de estilo de vida que um filho traz? Ou o facto de haver uma doação de gâmetas tbm contribui para a hesitação? Terá medo de perderem a vida de casal?
Concordo que o fator idade é fundamental naquilo que decidirem fazer mas antes de desistir do tratamento (que infelizmente não tem sucesso garantido na primeira tentativa) , têm de ser absolutamente honestos um com o outro. Isso inclui mostrar lhe tbm a sua perspetiva, pois o inevitável ressentimento que vai sentir se desistir inevitavelmente vai ter consequências na relação e é bom que o seu marido tenha noção disso.
Têm de conversar muito bem, não me parece muito justo alguém ter filhos porque outra pessoa quer se não partilhar da mesma vontade. Se já andam há muito tempo nessa luta deve ser um grande desgaste e é natural que ele sinta necessidade de se libertar de viver focado nisso, pode ser outra coisa, o caminho é dialogarem e porem todas as questões na mesa