Dicas para reagir a outras gravidezes de amigos | De Mãe para Mãe

Dicas para reagir a outras gravidezes de amigos

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Ines Rijo -
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Desde 21 Fev 2024

Olá, Meninas!

Eu (29) e o meu namorado (33) estamos a tentar engravidar há quase dois anos – começámos em Março de 2023, inicialmente sem grandes preocupações. No final de 2023, decidi fazer alguns exames para perceber se havia algum problema. Já sabia que tinha retirado um septo uterino, mas pensei que o assunto estivesse resolvido. Contudo, descobri que ainda não tinha uma cavidade uterina totalmente funcional (a 100%). Para além disso, e possivelmente como a causa principal de ainda não termos tido nenhum positivo, descobrimos que o meu namorado tem oligospermia (5 milhões).

Neste momento, estamos em lista de espera para consulta de fertilidade no SNS. Entretanto, já fizemos vários exames e consultas no privado. Tentámos coito programado, mas teve um impacto físico e psicológico muito negativo na nossa relação enquanto casal, pelo que decidimos não repetir. Assim, a alternativa será FIV ICSI.

Mas agora ao tópico:
Quando começámos a pensar em ter um bebé, nenhum dos nossos amigos mais próximos tinha filhos. No entanto, nos últimos dois anos, já quatro casais chegados tiveram bebés. No início, encarei bem a situação, pois sabia que até 12 meses de tentativas era considerado normal. Porém, este ano tornou-se mais difícil: no início do ano, uma das minhas melhores amigas anunciou a gravidez. Fiquei muito feliz por ela, mas senti-me arrasada por dentro. Esta caminhada tem sido extremamente solitária, porque, no meu círculo de amigas, não há ninguém que esteja a passar pelo mesmo (o que, claro, ainda bem). Ainda assim, é um sentimento agridoce.

Ontem à noite, outro golpe emocional: um dos melhores amigos do meu namorado anunciou que ia ter uma menina em Junho de 2025. Eles casaram-se em Abril deste ano... Confesso que quase não consegui dormir. Sei que não devemos comparar as nossas jornadas com as dos outros, mas parece que a minha vez nunca mais chega.

Como lidam com estes sentimentos? Têm alguma estratégia que ajude?

Sobre Ines Rijo

03/23 - Inícios dos treinos
01/25 - Consulta medicina da reprodução (público)
Diagnóstico - Oligospermia Severa
FIV-ICSI prevista para agosto de 2025

📝 Diário de Fertilidade - https://eggspectingwithines.wordpress.com/

LGFSilva -
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Desde 25 Nov 2022

Principalmente viver a sua vida e nao viver a dos outros! Quando começar a encaixar esse pensamento vai ver que melhora, tbm tive no meu tempo de espera para começar tratamento a minha melhor amiga anunciou a gravidez e nem estavam a tentar, claro que ao inicio fiquei bastante aborrecida mas depois consegui viver a gravidez dela feliz e agradeço por ter um sobrinho tao querido e fofo que ajudo no que for necessario. Quando começamos a entrar nos tratamentos decidimos conversar sobre o futuro e o que isso significava para nos, se nos sentiamos bem se tivessemos uma vida sem filhos, adoçao etc, com os planos alinhados, fizemos umas megas ferias de verão e percebemos que realmente conseguimos viver uma vida sem filhos se isso acontecer, alinhamos que o mais importante é o que temos ao nosso lado e conseguimos partilhar a vida com isso, o que vier é acrescimo a nossa felicidade. Portanto o meu conselho é TERAPIA em casal e individual, alinharem os vossos astros e perceberem as vossas prioridades, pois é dificil e precisamos de ter segurança no que temos ao lado para no futuro não haver ressentimentos e distribuir culpas, de resto, preocupe se com a sua vida e viva a sua vida, nao se deixe afetar pela felicidade dos outros, todas as gravidezes devem ser celebradas, mas não deixem que a vossa vida gire a volta da felicidade dos outros pois só ira criar mau estar dentro de voces

Sobre LGFSilva

2020 Inicio dos treinos
2021 Diagnostico SOP e 𝐨𝐥𝐢𝐠𝐨𝐳𝐨𝐨𝐬𝐩𝐞𝐫𝐦𝐢𝐚
2023 1º Consulta e inscrição FIV, hipoteriodismo subclinico e diagnostico de adenomiose difusa, trombofilias
2024 FIV| Julho TEC (-)| Outubro TEC(+)

LGFSilva -
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Desde 25 Nov 2022

Ah e faz bem falar sem tabus sobre o tema de infertilidade, falo muito abertamente sobre isso no meu grupo de amigos o que as pessoas começaram a ter mais sensibilidade sobre alguns temas. De resto é conversar e conversar e com esperança no futuro porque nunca é no tempo que queremos infelizmente

Sobre LGFSilva

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2021 Diagnostico SOP e 𝐨𝐥𝐢𝐠𝐨𝐳𝐨𝐨𝐬𝐩𝐞𝐫𝐦𝐢𝐚
2023 1º Consulta e inscrição FIV, hipoteriodismo subclinico e diagnostico de adenomiose difusa, trombofilias
2024 FIV| Julho TEC (-)| Outubro TEC(+)

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

A melhor forma de ultrapassar para mim é sempre falar. Não esconder, expor o que sente, não se sentir culpada, não viver tudo só para si, acreditar que tudo é cíclico, que um dia será o seu dia, aproveitar a sua vida.
Engravidei do meu 3º bebé por descuido e estava grávida do mesmo tempo (eu tinha mais uma semana) que uma amiga que tinha passado por um processo moroso para engravidar. Eu perdi a minha bebé com t21, ela teve a dela na mesma semana que devia nascer a minha. A vida é assim, numa fase passamos nós pela felicidade e noutra passam os outros. Hoje não está a viver os melhores dias, mas estes vão chegar, vá aproveitando o que tem à sua volta.

Ines Rijo -
Offline
Desde 21 Fev 2024

Meninas, muito obrigada pelas vossas respostas e dicas!

Sim, acho que realmente preciso de abrir mais este tema e deixar de tratá-lo como um tabu. O que me deixou um pouco triste foi a situação com a minha melhor amiga, que teve um bebé. Eu cheguei a abrir-me com ela sobre este assunto, e conversámos um pouco. No entanto, não tive forças para lhe ir perguntando muita coisa sobre a gravidez, e acabei por me fechar. Com o tempo, ela também começou a afastar-se. Hoje em dia, ainda falamos e já fui conhecer o bebé (um fofo, diga-se!), mas sinto que já não somos tão próximas como antes. Acho que isso reflete o próprio fluir da vida: por um lado, senti que não tive o apoio e o interesse que precisava da parte dela; por outro, ela também pode ter sentido que eu não demonstrei muito interesse em acompanhar a gravidez e tudo o resto.

Desde o final do verão, tenho feito terapia, e isso ajudou-me imenso. Começámos no verão com os coitos programados, mas emocionalmente foi um processo muito desgastante — psicologicamente e fisicamente. Com a medicação, engordei 10kg em menos de três meses, fiquei super inchada e mentalmente esgotada. A minha psicóloga foi muito clara ao dizer que aquilo não fazia sentido para nós, especialmente considerando os resultados do espermograma. Ela até me incentivou a ser firme e recusar continuar com o coito programado, e assim fiz. Desde então, tenho sentido uma melhoria significativa, tanto mental como fisicamente.

Neste momento, estamos numa pausa, à espera de sermos chamados para o SNS. Estou a aproveitar este intervalo para focar-me em mim mesma, algo que tinha deixado de lado. Por exemplo, parei de fazer certos tipos de exercício, de pintar o cabelo, de planear viagens ao estrangeiro (sempre com aquele pensamento de "e se já estiver grávida neste trimestre, é melhor não arriscar"). Acabei por negligenciar não só o meu autocuidado, mas também, até certo ponto, a minha relação.

Ainda assim, confesso que sinto aquele desgosto agridoce sempre que alguém próximo me anuncia que está grávida. É um misto de felicidade por eles, mas também de tristeza por mim. Quero que 2025 seja o meu ano para me reencontrar, cuidar de mim e retomar as rédeas da minha vida. LGFSilva, adorei a ideia das mega férias de verão!

MisaL, sinto muito pelo que passaste, e concordo plenamente contigo: a felicidade não é, de facto, uma linha reta e temos de aproveitar o presente.

Sobre Ines Rijo

03/23 - Inícios dos treinos
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LGFSilva -
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Desde 25 Nov 2022

Ines Rijo escreveu:
Meninas, muito obrigada pelas vossas respostas e dicas!
Sim, acho que realmente preciso de abrir mais este tema e deixar de tratá-lo como um tabu. O que me deixou um pouco triste foi a situação com a minha melhor amiga, que teve um bebé. Eu cheguei a abrir-me com ela sobre este assunto, e conversámos um pouco. No entanto, não tive forças para lhe ir perguntando muita coisa sobre a gravidez, e acabei por me fechar. Com o tempo, ela também começou a afastar-se. Hoje em dia, ainda falamos e já fui conhecer o bebé (um fofo, diga-se!), mas sinto que já não somos tão próximas como antes. Acho que isso reflete o próprio fluir da vida: por um lado, senti que não tive o apoio e o interesse que precisava da parte dela; por outro, ela também pode ter sentido que eu não demonstrei muito interesse em acompanhar a gravidez e tudo o resto.
Desde o final do verão, tenho feito terapia, e isso ajudou-me imenso. Começámos no verão com os coitos programados, mas emocionalmente foi um processo muito desgastante — psicologicamente e fisicamente. Com a medicação, engordei 10kg em menos de três meses, fiquei super inchada e mentalmente esgotada. A minha psicóloga foi muito clara ao dizer que aquilo não fazia sentido para nós, especialmente considerando os resultados do espermograma. Ela até me incentivou a ser firme e recusar continuar com o coito programado, e assim fiz. Desde então, tenho sentido uma melhoria significativa, tanto mental como fisicamente.
Neste momento, estamos numa pausa, à espera de sermos chamados para o SNS. Estou a aproveitar este intervalo para focar-me em mim mesma, algo que tinha deixado de lado. Por exemplo, parei de fazer certos tipos de exercício, de pintar o cabelo, de planear viagens ao estrangeiro (sempre com aquele pensamento de "e se já estiver grávida neste trimestre, é melhor não arriscar"). Acabei por negligenciar não só o meu autocuidado, mas também, até certo ponto, a minha relação.
Ainda assim, confesso que sinto aquele desgosto agridoce sempre que alguém próximo me anuncia que está grávida. É um misto de felicidade por eles, mas também de tristeza por mim. Quero que 2025 seja o meu ano para me reencontrar, cuidar de mim e retomar as rédeas da minha vida. LGFSilva, adorei a ideia das mega férias de verão!
MisaL, sinto muito pelo que passaste, e concordo plenamente contigo: a felicidade não é, de facto, uma linha reta e temos de aproveitar o presente.

Faça isso mesmo, cuide de si, "temos de ser o nosso melhor e ser a casa que o nosso bebe gostaria de crescer e morar" e diga se de passagem que a sua melhor amiga nao teve o melhor comportamento, mas tambem demonstra onde pode encontrar conforto apoio e digo por experiencia propria porque tal como lhe disse no meu tempo de espera para começar tratametnos a minha melhor amiga ficou gravida e so me contou com 3 meses e ela pediu me imensa desculpa e ainda hoje falamos muito nisso o quanto ela se arrepende de nao me ter contado logo e a verdade é que a amizade tem de ser assim, saber dar apoio quando necessario e saber os limites, claro que eu fui muito firme nalguns momentos lhe dizia que naquele dia nao me sentia muito a vontade de falar sobre a gravidez dela e ela compreendia e respeitava e logo falamos de outra coisa, ou as vezes sentia que queria ficar sozinha e ela respondia e depois retomavamos conversa como nada se passasse! amizade é saber ouvir e criar empatia pelo outro, ainda hoje com a minha gravidez tenho imensas seguranças e nao quero falar e ela super respeit, eu com o passar do tempo tbm fui aceitando a gravidez dela porque não podia ficar miseravel com a felicidade e com a bençao que eles tiveram porque é um bebe, que devido a proximidade acaba por ser um sobrinho. Tambem nos fez bem aquelas ferias da qual fomos para varios sitios que nos permitiu reencontrar o nosso amor, que ja estava a ficar perdido devido a espera e impotencia que sentiamos e olha nao me arrependo nada, tanto que adiamos um ciclo de proposito para pudermos ir aproveitar as ferias e depois quando voltamos foi quando fizemos a tec bem sucedida e ja fui com aquele mindset do que tiver de ser será, estou feliz com o que tenho e sei que o meu companheiro estará ao meu lado para o que vier do futuro e se esse futuro for so nos os dois com uns quantos animais, que o seja Sorriso mas tente aproveitar o presente, eu sei que é desesperante a espera, eu contava os dias para as consultas e começar tratamentos etc, ver a vida dos outros a continuar e a nossa parada no mesmo sitio, mas pense, nao controlamos o tempo nao controlamos o futuro, posso morrer amanha, será que estou a aproveitar o presente? mimem se aproveitem a vossa companhia, nutram a vossa pessoa e amor, tornem se a casa que o vosso futuro bebe gostaria de crescer e morar, vai correr tudo bem

Sobre LGFSilva

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MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

Às vezes para o outro também se torna difícil, porque não sabe o que dizer ou como reagir, porque também não dizemos o que queremos ouvir ou do não queremos falar. Uma altura essa minha amiga disse-me: eu agora não sei como vou estar contigo, como te vou falar da minha filha. Foi o melhor que ela fez, ter dito em vez de fugir. Nunca em momento nenhum em lhe desejei mal, invejei a situação dela ou trocaria a minha história com a dela, claro que a gravidez e a menina dela, me fazia lembrar da minha, mas nunca tive problema com isso. Em vários momentos, vê-la grávida e feliz fazia-me ter presente que o lado bom existe e havia de regressar o sol à minha vida. Eu fiz a IMG e quis ir ao corredor do puerpério, exatamente para absorver que se há histórias felizes e pessoas felizes, um dia voltaria a ser eu ali. Engravidei 6 meses depois e já passaram 11 meses desde que era eu no puerpério feliz. No momento em que era eu feliz outra estaria a receber uma má notícia... é só termos presente que nada é para sempre.
O princípio é sempre o de falar e de receber compreensão, quando não dá é porque também não era para continuar aquela amizade, relação.

Joana123 -
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Desde 31 Maio 2016

Não passei pelo processo de infertilidade, mas posso partilhar a minha experiência desta última gravidez. Uma das minhas melhores amigas começou nos treinos ao mesmo tempo que eu (ela para o segundo) e engravidou logo. Às oito semanas perdeu o bebé, ainda estava eu no processo de tentativas, e apoiámo-nos imenso: ela com o aborto e eu sem conseguir engravidar. Entretanto ela voltou aos treinos e também não conseguia engravidar. Seis meses depois engravidei eu. E foi sempre muito conversado com ela o facto de nenhuma de nós se sentir à vontade, ela para conversar sobre a minha gravidez, eu própria para conversar sobre a minha gravidez, e sinto que de certa forma quando falava com ela 'moderava' o meu entusiasmo em relação ao processo para não parecer que estava - e estava - em histeria total. Mas sempre foi falado com ela, senti-a mais afastada mas feliz por nós na mesma claro, e já no fim da minha gravidez ela própria engravidou e claro que estamos felicíssimos. Portanto estou com a MisaL: falem. Estar feliz pelos outros não invalida estarmos tristes por nós, principalmente quando os outros engravidam 'por acidente' ou sem grande esforço e nós sentimos 'porque não acontece connosco?'. É válido, é humano. Portanto sim, eu ficava muito feliz pelas minhas amigas mas no lodo por mim, e dizia-lhes isso, e estava tudo ok.

Beatriz Caetano -
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Desde 21 Fev 2024

Olá! Com a mesma idade também estava a passar por problemas de fertilidade e sentia exactamente o mesmo que tu. Sempre que alguém me dizia que estava grávida, mesmo que não fosse alguém próximo, para mim era um murro no estômago. Um exercício que fazia sempre e que continuo a fazer. para várias situações difíceis que vou enfrentando na minha vida é pensar sempre: ‘apesar de todos os problemas que tenho eu trocaria a minha vida pela vida daquela pessoa?’ E acredita, a resposta é sempre não. Nós temos os nossos problemas e as nossas provações assim como as outras pessoas têm as delas.
O teu momento de festejar a tua gravidez irá chegar e acredita que irá correr tudo tão bem que um dia nem sequer te vais lembrar dos obstáculos que passaste para lá chegar. ❤️

PatL -
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Desde 18 Mar 2015

Passei por um processo de infertilidade que durou perto de 9 anos e que encerrou com a decisão de parar de tentar ter filhos. Do meu círculo de amigos fui das primeiras a tentar engravidar. Durante esses anos nasceram dezenas de crianças. Tive sempre abertura para contar o que estava a acontecer. O reverso da medalha é que, por pensarem que eu poderia não me sentir bem com o surgimento de gravidezes em catadupa, era sempre a última a saber quando alguma amiga estava grávida. Quando se tratava de segundos ou terceiros filhos, mais constrangimento havia. A mim não me incomodavam as gravidezes, ficava até contente que nenhuma delas estivesse também com as mesmas dificuldades que eu.
Aquilo que mais impactou na minha forma de acompanhar essa evolução, é que nos encontros que tínhamos regularmente as conversas cingiam-se em torno da partilha de aspetos relacionado com as crianças e sentia-me completamente desenquadrada. Apesar de terem a percepção com o passar dos anos dos sucessivos fracassos e abortos, surgia sempre aquela questão de circunstância quando nos reencontrávamos, colocada de forma tímida "está tudo bem?" Perguntavam às vezes o ponto da situação, se houve alguma evolução, mas rapidamente as conversas desviavam porque os miúdos precisavam de alguma coisa. Uma amiga passou por um aborto, não teve problemas em partilhar isso, outra só me contou que tinha passado por um quando um dia me encontrou num shopping. Eu estava a passar pelo terceiro e não sabia se ia necessitar de internamento. Ia comprar umas camisas de dormir para o caso de ser necessário ficar internada.
Todos temos dificuldades ao longo da vida, cada um com a sua.
Apesar de ter terminado com o colo vazio, a tranquilidade que sinto é impagável. Todos os obstáculos que se colocaram no meu caminho fizeram-me ter um entendimento diferente do que me rodeava e relativizou muito mais o que vai acontecendo. Neste momento não teria mais paciência para passar por tudo o que aconteceu. Jamais imaginei que algum dia fosse passar sequer por metade do que vivi, mas precisei de o fazer para poder agora estar em paz.

Sobre PatL

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PGT-A-09/19(SHO) 3 eupl
TEC-05/16(-); 09/16(+) grav BQ; 01/17(-); 05/17(+) AE; 10/17(+) AE; 06/18(-); 11/18(+) grav BQ; 02/20(-); 07/20(-) Basta!
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MatildeB12 -
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Desde 22 Fev 2023

Olá Inês,
Quando li o teu post até senti uma pontada no coração porque conheço tão bem esse sentimento.

Na altura estávamos a tentar engravidar já há uns belos meses e nada acontecia. Fomos à um jantar e uma amiga partilhou de surpresa que estava grávida, que tinha acontecido sem querer mas que estava muito feliz. Nesse dia estava num momento mais frágil, porque no duro caminho da infertilidade esses dias existem muito, e então comecei a chorar desalmadamente.
O que disse foi que fiquei super emocionada com a surpresa e estava imensamente feliz por ela. Na realidade ? Estava derrotada e dentro. A pensar "porquê a ela até sem querer e não eu" e ao mesmo tempo a sentir-me mal porque de algum modo estava a sentir inveja/ciúme de ela ter aquilo que eu tanto queria e eu não queria sentir isso, porque era minha amiga e obviamente eu desejava-lhe o melhor!

É difícil, muito mesmo. No meu caso ninguém sabia por aquilo que estávamos a passar. Não queria partilhar Para não haverem questões nem pressão externa adicional. Passamos pelo caminho de FIV e ninguém o sabe sem ser eu e o meu marido.
Se no seu caso partilha com os seus mais próximos o caminho, comunique e diga como se sente. Ajuda sempre 😊
Para lhe dar força, hoje tenho a minha bebé nos braços e esses episódios não passam de memórias más de uma má fase da vida!
Desejo que sejam o mesmo para si daqui a algum tempo.
Muita sorte e esperança 🙏🍀

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